O AMIGO ESCUTA

Nunca escrevi um romance com o qual não tivesse me surpreendido. Acredito mesmo que a surpresa seja o meu leitmotiv. Não é a posição de quem procura fabricar um best seller e só caminha sabendo o que vai fazer.

Ao escrever O clarão descobri a que ponto o amigo está próximo do analista. Como o analista, o amigo deseja escutar. Assim, quando Ana, a heroína do romance, hesitava em contar algo para seu amigo João, ele insistia, oferecia sua escuta. Com isso, Ana ousava falar e, como o analisando, ela se ouvia e encontrava uma saída.

 

 

 

 

 

nadinha

A pintura de Picasso é continuamente original e surpreendente em todas as suas fases. Ele nunca parou de se renovar: período azul, período rosa, cubismo, surrealismo… Talvez por isso tenha vivido 91 anos. Com a arte, a gente se salva, eu escrevi num livro de crônicas sobre Paris. No caso dele, a arte foi uma verdadeira fonte de juventa.

David-Vela “O ovo no ateliê”, Picasso e Dali – Cubismo e Surrealismo, humor gráfico

Comentários sobre "O AMIGO ESCUTA"

Os comentários estão fechados.