O GOZO DO SEXO

Amor e paz nem sempre andam juntos. Amor e sexo também não. E é a isso que a protagonista do Sexophuro se refere no texto abaixo. Tendo desejado ardentemente o amado, ela dele se separa depois de realizar o desejo.

 

O amor? Foi primeiro o gozo do impossível, do corpo interditado que o namorado enaltecia, fruição dos prolegômenos na idolatria do que se adiava, feitiço de todos os dias até o consumo da tarde. Sempre no ponto de transgredir, realizar o que urgia, o gozo do sexo que por fim se deu e os separou, ela tendo nisso renascido para se dispersar, querer outros e topar nele, o que estava irremediavelmente perdido, e a olhava perplexo…

 

A trilogia do amor/O sexophuro

Stéfan Vivier, “Après l’amour”, acrílico sobre tela, artcompulsion.com