ROSA ENTREABERTA

A nós só o tempo precário da duração é dado.

 

Me beije, me envolva e se afaste para olhando me apalpar o seio-cabaça da direita, beber depois o mel do bico intumescido no seio esquerdo, o do coração. Me prenda o mamilo entre os dentes, deixando que eu, entreaberta, acaricie com a alamanda o meu botão, entregue à boca dele e ao meu roçar, desejando que ele adie o gozo e se satisfaça com o adiar.

 

A trilogia do amor/A paixão de Lia

“Um sátiro abraça uma mênade”, pintura mural da residência de L. Caecilius Jucundus, Pompeia, circa 50-79 a.D., Museu Arqueológico de Nápoles, foto: Mary Harrsch.