A ARTE É GRANDE QUANDO É INESQUECÍVEL

Não sei quando li Notas do subterrâneo de Dostoiévski e me esqueci da leitura. Mas, tendo que escrever algo sobre a palavra subterrâneo, pensei imediatamente em Dostoiévski e me informei sobre o texto. Trata-se de um pequeno romance, publicado em 1864, sob a forma de memórias de um funcionário público aposentado que vive em São Petersburgo. Foi considerado a primeira obra existencialista da história.

O fato é que o livro me marcou a ponto de ressurgir na memória quase meio século depois da leitura. A literatura é grande quando toca tão profundamente que, mesmo tendo ido para o subterrâneo da memória, volta de repente. Ou seja, quando ela é inesquecível.

nadinha

Quem pode se esquecer da Vitória de Samotrácia, a deusa alada que repousa no Louvre sobre a proa de um navio? Ao ver a estátua, enxerguei nela o símbolo da liberdade e decidi viver em Paris. Foi a Vitória de Samotrácia que primeiro me fez deixar o meu país.

A “Vitória da Samotrácia”, do século II a.C., foi descoberta na Grécia em 1863 e ocupa lugar de destaque no Museu do Louvre, em Paris